Olga’s trauma has deepened / O trauma de Olga intensificou-se (INTEGRA-03-PT)
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- EMOÇÕES
- Ansiedade ou medo intenso
- Desamparo
- CORPO
- Aumento dos batimentos cardíacos, da respiração e da pressão arterial
- Desmaio
- Tremores musculares ou tremores incontroláveis
- Suores ou calafrios
- PENSAMENTOS
- Desorientação
- Distorção do tempo e do espaço
- Memórias intrusivas ou flashbacks
- Ruminação ou pensamentos acelerados
- COMPORTAMENTO
- Reação de sobressalto
- Distanciamento e apatia

Situação
Olga é uma senhora de 65 anos, residente há três anos num lar de idosos, para onde veio após o falecimento do marido, com quem não teve filhos. Durante vários anos, ela foi tratada de uma depressão (no início dos 50 anos aposentou-se por invalidez, por causa da depressão) e, na residência sénior, recusa, frequentemente, a maioria das atividades em grupo. Por possuir uma boa situação financeira, Olga tem um quarto próprio no lar, do qual raramente sai. Ela também costuma recusar a comida, especialmente quando está na sala de jantar durante as refeições. Além do tratamento e terapia domiciliar do médico, ela é frequentemente visitada por uma assistente social, que na verdade é a única pessoa com quem Olga estabeleceu um contato verbal um pouco mais próximo. A conversa é quase sempre sobre sua carreira profissional e os seus sucessos; por vezes, a conversa é da altura em que ela ainda era casada.
Ao contrário de outras pessoas mais velhas, Olga nunca fala sobre a sua juventude e desvia qualquer comunicação sobre o tema; quando a ouve, na maioria das vezes mostra um cansaço súbito e severo. A assistente social já se apercebeu, muitas vezes, desse padrão, e também reparou que após cada conversa sobre a sua juventude, a sintomatologia depressiva de Olga se aprofundava. Recusava a comida por vários dias e, durante esse tempo, nem frequentava a biblioteca da residência sénior, embora como bibliotecária adorasse ler, ainda rejeitava qualquer forma de convívio no geral. Ela também não queria estar com a assistente social nesse período, o que geralmente durava duas semanas ou mais. Há alguns dias atrás, a mesma sequência de eventos voltou a acontecer quando, em conversação, a menção à sua juventude causou um distanciamento emocional imediato e um afastamento.
Resposta informada sobre o trauma
Na reunião semanal da equipa multidisciplinar, a assistente social voltou a destacar o caso de Olga.
Com base no exposto, o médico da residência sénior concluiu que é muito possível a presença de trauma não resolvido que, com o passar dos anos, se intensificou.
Ao fazê-lo, apresentou alguns sintomas, com base nos quais se pode perceber o entorpecimento emocional, como perda de interesse, evitamento, comportamentos de confronto pouco saudáveis:
- Evitar aceder aos próprios sentimentos;
- Preferir o isolamento a estar com outras pessoas;
- Ter dificuldades em experienciar pensamentos positivos;
- Experienciar uma incapacidade de participar plenamente na vida.
Como possível apoio, a equipa sugere o contacto da assistente social (que é a única que tem contato mais próximo com Olga) com uma clínica comunitária de intervenção em trauma e ajuda psiquiátrica comunitária, com o objetivo de ter uma estratégia que ajude na recuperação de Olga.
Numa entrevista empática com Olga, a assistente social procurará estabelecer as bases para a colaboração de terapeutas qualificados (fase inicial) e da psicóloga (fase de continuação), assegurando a sua presença nas fases iniciais do processo (estabelecimento e fortalecimento da confiança) e no tratamento combinado individual, que poderia contribuir significativamente para a sua recuperação (e.g., arteterapia, terapia ocupacional, intervenção psicológica).
Até recuperar do trauma será recomendado que Olga receba Terapia Cognitivo-Comportamental com um psicoterapeuta. O principal objetivo da psicoterapia é estimular a compreensão do problema e expor alternativas viáveis e eficazes de resolução dos problemas. A psicoterapia apoia a aprendizagem e a utilização de ferramentas eficazes de confronto. Olga pode aprender a permitir que os sentimentos surjam e a processá-los no ambiente seguro da terapia, facto que pode aliviar a sua depressão de longa data.
Há uma variedade de opções de tratamento disponíveis que podem ajudar a pessoa com sintomas de stress pós-traumático (PTSS) a reduzir determinados comportamentos, como tentar escapar ou evitar as próprias emoções.
A partir daquele momento, uma equipa multidisciplinar irá atualizar e acompanhar regularmente o processo.
Contributor
Integra Institute, Sonja B. Eisenreich
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