Diana foge da guerra para encontrar um novo lar (PORTO-01-PT)

Diana tem 18 anos e é a mais nova de três irmãos. Teve de fugir da guerra no seu país, deixando para trás o seu pai e irmão que foram combater. Também deixou os avós, que não quiseram abandonar o país, e os seus amigos. Ela fala inglês relativamente bem, mas a maioria das aulas são dadas na língua do seu novo país e ela tem dificuldade em acompanhar.

As imagens de tudo o que ela viu na guerra estão constantemente presentes. Ela tem pesadelos regularmente, acordando a gritar e a suar. Diana sente que não faz sentido ligar-se emocionalmente a alguém, pois a qualquer momento poderá ter de os abandonar.

Vários professores repararam que ela parece indiferente a tudo o que se passa à sua volta, entrando e saindo da sala de aula sozinha. Quando ouve sons mais intensos, como a queda de um objeto, ela assusta-se e esforça-se para conter as lágrimas. Há uns dias, Diana saiu da sala repentinamente a chorar, e voltou no final da aula para se desculpar com a professora pelo sucedido. A professora sentiu que esta era a oportunidade perfeita para abordar a situação.

A Professora informada em trauma identifica o comportamento na sala de aula como uma manifestação de uma potencial crise psicológica, ao invés de um comportamento inapropriado.

A Professora perguntou à Diana qual era, na sua opinião, a origem desta situação e se ela aceitava/queria falar sobre isso (resposta empática – exploração);

A Professora identificou os sintomas de stress pós-traumático (emoções, pensamentos, comportamentos e sensações corporais);

A Professora aplicou uma abordagem de apoio empático, nomeadamente as componentes de validação, respeito e aliança;

A Professora informou-a de que a Escola/Universidade tinha um gabinete de apoio psicológico a que ela poderia recorrer.

A Professora sugeriu material educativo de autoajuda, com estratégias para ajudar a Diana a lidar com a sua ansiedade.