John foi atacado por um cliente (QUALED-04-PT)

John é um jovem de 23 anos que começou a trabalhar num Centro para Pessoas com Necessidades Especiais, apenas, há dois meses, após finalizar os seus estudos. Há seis semanas, ele deparou-se com uma situação com um utente que, inesperadamente, se tornou violento e começou a atirar-lhe pratos, o que foi uma experiência inesperada e assustadora. John ficou com um golpe na mão, tendo perdido um pouco de sangue.

Hoje, John chega ao Centro pela manhã e após um barulho inesperado começa a questionar-se se deveria estar naquele local. De vez em quando John treme descontroladamente, tenta evitar o seu colega e quando questionado sobre algo fica apático ou deprimido e sem entusiasmo. Isso virá a ser percebido pelo seu colega. O que é que o seu colega deve fazer para remediar essa situação e o ajudar?

Parece que John está a passar por um trauma secundário, que é uma resposta de stress em reação ao ouvir ou testemunhar a experiência traumática em primeira mão de outra pessoa. Seria importante fornecer apoio e validação emocional, deixá-lo saber que se importa com ele e que os seus sentimentos são normais e compreensíveis, assim como deve reconhecer os seus pontos fortes e resiliência. Os seus colegas e supervisores devem fazer o seguinte:

• Incentivá-lo a procurar ajuda profissional se os seus sintomas estiverem a interferir com a sua forma de ser no dia-a-dia ou com o seu bem-estar. Um terapeuta pode ajudá-lo a processar as suas emoções e a lidar com o trauma que testemunhou.
• Ajudá-lo a estabelecer limites saudáveis e práticas de autocuidado. Lembrá-lo de que ele não é responsável pelo trauma ou recuperação do cliente e que ele também precisa cuidar de si mesmo. Sugira algumas atividades que podem ajudá-lo a relaxar e a recarregar, como a meditação, exercício físico, passatempos ou passar tempo com amigos e familiares.
• Crie um ambiente de trabalho favorável. Promova uma cultura de abertura e confiança entre os colegas, onde possa haver partilha de experiências e sentimentos sem medo de julgamento ou crítica. Forneça supervisão e feedback regulares, bem como oportunidades de formação e educação sobre prática informada em trauma.

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