Alexander no tunel (WIN-04-PT)

Alexander trabalhou até tarde e quando saiu da estação do metro, percebeu que havia perdido o último autocarro. No caminho para casa, havia um túnel de 800 metros de comprimento. Pela primeira vez, ele usou este caminho pedestre. O túnel era iluminado por algumas lâmpadas fracas. Ele percebeu que uns 20 metros à sua frente, uma mulher também estava a atravessar o túnel, seguindo na mesma direção. Ela olhou para trás, viu-o e acelerou os seus passos. Alexander não quer assustá-la. O que é que ele deveria fazer?

Nessa situação, uma resposta atenta à possibilidade de trauma envolveria o reconhecimento do impacto potencial do trauma no comportamento da mulher e tomar medidas para garantir que ela se sinta segura e respeitada. A seguir são apresentadas algumas respostas dirigidas ao trauma que podem ser úteis para apoiar Alexander e a mulher nessa situação:

A reação da mulher sugere que ela pode estar com medo ou desconfortável com a situação. Para respeitar os limites dela, Alexander deve evitar abordá-la muito de perto ou envolver-se em comportamentos que possam ser percebidos como ameaçadores.

Alexander pode ajudar a criar um ambiente seguro, tornando a sua presença conhecida para a mulher, como por meio de uma saudação amigável ou, simplesmente, andando de forma audível atrás dela. Isso pode ajudar a reduzir a sua ansiedade e construir confiança. Se a mulher ainda parecer ansiosa, Alexander pode tranquilizá-la, explicando que não lhe quer fazer mal, simplesmente quer atravessar o túnel como ela. Ele também lhe pode dizer que se ela quiser poderá caminhar a uma certa distância de forma que ela se possa sentir confortável.

Alexander pode utilizar uma linguagem corporal não ameaçadora, como manter as mãos visíveis e evitar movimentos bruscos, para ajudar a mulher a se sentir mais à vontade.

Alexander deve estar ciente de que o comportamento da mulher pode estar a ser influenciado por experiências traumáticas anteriores, como agressão ou assédio. Ele deve evitar fazer suposições sobre o comportamento dela e, em vez disso, concentrar-se em apoiá-la sem julgamentos. Se a mulher parecer estar em perigo ou a precisar de apoio, Alexander pode disponibilizar-se para pedir ajuda ou conectá-la a recursos locais, como a uma linha direta de crise ou a um grupo de apoio.

Alexander Eisenreich, WIN